Solar dos Távoras





A família Távora está ligada à história da povoação de Souro Pires desde o seu início, sendo atribuída a fundação da vila a Soeiro Peres de Távora. A edificação do solar da família terá sido realizada nos finais do século XV, prolongando-se pelos primeiros anos do século XVI.
As casas nobres edificadas no início da centúria de Quinhentos derivaram de três grandes influências, a arquitectura popular tradicional portuguesa, a arquitectura militar medieval e a arquitectura erudita do renascimento. A arquitectura tradicional permitiu a adaptação da simplicidade de divisão do espaço. Por seu turno, a arquitectura militar medieval levou para as casas senhoriais a torre, como elemento simultaneamente de defesa e de habitação, que com os avanços da pirobalística no século XVI perdeu as suas funções iniciais e tornou-se símbolo de prestígio, linhagem nobre e poder da família proprietária. Por fim, os elementos da arquitectura erudita do Renascimento chegam aos solares através da acção dos vários engenheiros militares que, a partir do século XVII, aplicaram na arquitectura civil a teoria arquitectónica mais erudita, divulgada especialmente através dos escritos de Sebastiano Serlio e Andrea Palladio. Apesar da sua parcial ruína, o Solar dos Távoras apresenta uma estrutura híbrida, em que conjuga as linhas militares medievais com elementos decorativos que indiciam já um gosto clássico, como é o caso das janelas dispostas pelas diversas fachadas.
O solar possui planta rectangular, com fachadas dispostas simetricamente, e o conjunto integra ainda uma capela autónoma, de planta quadrada. A fachada principal é delimitada lateralmente por duas torres, sendo o corpo central de cércea mais baixa. Na torre esquerda foi aberta uma janela de peito com mainel ao centro e lintel decorado por volutas. O corpo central possui no primeiro registo uma fresta rectangular e no segundo, uma janela quadrangular com mainel de mármore, cujo capitel é decorado por motivos vegetalistas, e lintel decorado por motivos fitomórficos. A torre situada à direita tem no primeiro registo o portal principal do solar, com arco de volta perfeita sem decoração. No segundo registo destaca-se uma janela de ângulo de lintel recto e mainel de fuste canelado.
As fachadas laterais apresentam, cada uma, dois corpos, um correspondente à torre e outro, de cércea mais baixa, que corresponde a dependências da casa. Os das torres são divididos em três registos, os restantes em dois. Todos têm janelas de moldura rectangular, algumas delas com mainel semelhante às da fachada principal. No alçado lateral esquerdo, existe ainda um portal, de acesso ao pátio interno da casa, e o edifício da capela. Com invocação de Nossa Senhora da Esperança, o templo privativo do solar possui planta quadrada e portal de arco pleno, sem decoração, tendo o seu interior sido despojado de todos os elementos decorativos.
O interior do solar encontra-se actualmente muito degradado. Dividido em três pisos, possui no centro do piso térreo um átrio com lanço de escadas, três compartimentos e pavimento lajeado. O segundo piso não tem pavimento nem cobertura, restando vestígios da existência de seis compartimentos. O piso superior perdeu o pavimento e a maior parte da cobertura.

Fonte de informação: IGESPAR, I.P.
Souropires uma aldeia com muitas tradições, com muita história e agora tambem com passeios de motos antigas. Foi no dia 5 de julho de 2009 que se relizou pelo terceiro ano consecutivo, mais um passeio de motos antigas de 50ª cc pelos caminhos rurais de souropires e arredores, a organização ficou a cargo do Voltinhas um grupo de amigos, amantes das motos antigas e do convivio. A comparencia de motards exedeu o numero que a organização previa no total 180. Foi um dia inesquecivel diziam os participantes. Para o ano prometemos regressar com mais surpresas.

Souro Pires

Freguesia de arreigadas tradições históricas, Souro Pires tem o seu próprio nome como atestado de um riquíssimo passado. O topónimo representa um nome medieval completo, com nome próprio e patronímico. Soeiro Peres, como se escrevia por volta do século XIII, terá sido um senhor do território da actual freguesia, que pode ser identificado como um de dois importantes nobres locais: Soeiro Peres “de Escacha”, da estirpe dos “da Silva” (século XII) ou Soeiro Peres “de Távora”, de uma época posterior, sendo que ainda hoje existe na freguesia um solar torreado com aquele nome.

Em Souro Pires, ganhou destaque nos séculos centrais da Idade Média o lugar da Quinta do Ervilhão. A poente da sede da freguesia, foi a cabeça de um pequeno couto criado provavelmente no século XII e extinto apenas em 1820. Alguns autores atribuem a Ervilha e ao seu senhor, D. Pêro Ervilhão, a origem de Souro Pires.
No século XV, isto seguindo sempre a documentação oficial, existiu também na povoação uma coutada da família dos Coutinhos (Marialvas), o que mais uma vez vem comprovar as tradições nobiliárquicas da povoação. Da mesma época é igualmente - e aqui entramos no património edificado de Souro Pires - o paço do mesmo nome, atribuído aos Távoras. É uma das mais espectaculares casas senhoriais do concelho de Pinhel, classificada como monumento nacional. Mandado edificar no século XV por D. Soei-ro Pires de Távora, quase se assemelha a uma fortaleza, com o seu corpo central em granito maciço (do qual saem algumas janelas maineladas em mármore rodeadas de florões e ornatos lavrados) e os dois torreões laterais. Num destes torreões, encontra-se a capela, com um portal simples de arco de volta inteira. Conserva ainda no seu interior uma imagem de pedra quinhentista, em madeira, que representa a Senhora da Esperança. Diz-se que foi erguido pelos Távoras, embora não haja certezas que o confirmem.
Sabe-se, isso sim, e voltamos aqui à história da freguesia, que depois da morte do último conde de Marialva, D. Francisco Coutinho, o infante D. Fernando passou a ser o senhor do conde de Ervilhão.
A paróquia de Souro Pires, instituída em data relativamente recente (durante a idade moderna), foi uma abadia do padroado real. No século XVIII, o abade era apresentado pela coroa e tinha cerca de 250 mil réis de renda anual.

Eleições Autarquicas 2009





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Localização

Souro Pires é uma freguesia portuguesa do concelho de Pinhel, com 16,19 km² de área e 594 habitantes (2001). Densidade: 36,7 hab/km².


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Souro Pires
6400-651 Souro Pires